Quem circulou pela Avenida Paulista ontem, 5ª. feira, 19 de abril, teve ocasião de contemplar um autêntico indicativo do “politicamente incorreto povo brasileiro”. Foi a acolhida simpática, pacífica, normal, do público para com a audaciosa campanha do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira contra o aborto e as práticas homossexuais.
Os temas não poderiam ser mais polêmicos e atuais.
Dois livros de autoria do conhecido Padre David Francisquini eram oferecidos aos transeuntes por jovens e adultos envergando uma faixa dourada – uma beca de inspiração medieval, hoje em dia adaptada por alguns corais ou associações – com um distintivo contendo a foto de Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da conhecidíssima TFP e patrono do atual IPCO.
Além disso, estandartes dourados, com o mesmo distintivo em tamanho grande, pairavam sobre o público ao som argênteo de trompetes, resultando tudo num ambiente impregnado do incomparável perfume católico que a Idade Média destilou. Nada mais profundamente tradicional e mais autenticamente atual. Sim, nada mais moderno se comparado ao estilo “idade da pedra lascada” que caracteriza cada vez mais certas manifestações atuais.
Evidentemente, a grande mídia esquerdista, “sempre imparcial”, não viu a campanha. Por que será?
Contudo, o que mais chamou a atenção foi, para alguns conhecer, para outros rever, um movimento autenticamente brasileiro, composto por jovens e adultos, dotados de trato fino e respeitoso, afável e varonil, cortês e nobre, com ideias claras e argumentos sólidos, defendendo princípios sagrados da Lei de Deus, e do Direito Natural, com ufania de serem católicos.
Na realidade, o mito grandioso do Brasil católico reapareceu na Paulista ontem.
Era fácil perceber nas fisionomias de muitos passantes a expressão: Estes sim são católicos; ainda bem que eles existem!