Sejamos Bandeirantes do século XXI

Os momentos de grandes crises sociais, religiosas e morais, paradoxalmente, são geradores de grandes atos de fidelidade a Deus, à Igreja, à Pátria, à cidade. No futuro os olhos estarão voltados para aqueles que conseguiram reverter grandes adversidades de hoje. E delas nossos dias estão repletos. É hora dos que estão dispostos a fazer, dentro da lei, todo o possível para RESISTIR à presente degringolada. Como? Conscientizando e unindo aqueles que compartilham o mesmo pensamento e os mesmos princípios numa força de opinião inabalável e ativa.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Lampião de Gás... Quantas saudades!

Muito boa matéria do meu amigo Leo Danieli, quando faleceu Anezita Barroso.


“Petrolão”, “Ambientalismo”, “Corrupção”, “Educação”, “Aborto”, “Criminalidade”, “Projeto de Código Penal”, de “Código de Processo Civil”, “Código Florestal”, “MST”, “Escolas”, “Universidades”, “Imoralidade”… Continuemos alertas para travar com ardor todas as batalhas necessárias, mas descansemos um pouco para retomar a luta com mais energia!

Certa vez discorrendo para alguns médicos, sobre “Ação Tendencial”, Plinio Corrêa de Oliveira afirmou:
Lembram-se de uma cançãozinha chamada “Lampião de Gás”? Essa canção era muito popular, não é?  Dava uma nostalgia do passado, fazia sentir enormemente o que se perdeu!”(1)

 E ele até entoou baixinho um trecho: “Lampião de gás, lampião de gás/
Quanta saudade você me traz!”
Essa cançãozinha da Inezita Barroso, que em certa época todos cantavam, faz lembrar o tempo em que não havia iluminação elétrica nas ruas, mas apenas a luzinha verde azulada dos lampiões de gás, que parecia convidar para refletir, ao contrário da útil, mas pouco expressiva, iluminação elétrica.
 

O lampião de gás foi expulso das ruas como antiquado. Mas essas coisas do passado têm, por vezes, reviravoltas inesperadas.
É assim que, numa rua de excelente nível da hipermoderna Boston (USA), já em pleno Terceiro Milênio, a iluminação se faz com lampião de gás! Um requinte: a população local teve saudades dessa poética iluminação, e hoje quem sabe? não tem saudades da iluminação de antigamente”, isto é, elétrica do século XX…

Certamente os habitantes de Boston não conheceram a musiquinha, e por isso não poderiam ter saudades do que ela evocava:
Do bonde aberto, do carvoeiro/Do vassoureiro com seu pregão/Da vovozinha, muito branquinha, /Fazendo roscas, sequilhos e pão.

Mas com certeza, ao se implantar o lampião de gás em plenos Estados Unidos, entrou certa nostalgia, por pequena e subconsciente que seja, da civilização cristã. Que não é pelo retrógrado, mas também não pelo cinza ou aberrante do mundo moderno.
O final da canção é eloquente e expressivo:
Lampião de gás, lampião de gás/Quanta saudade você me traz./Da minha São Paulo, calma e serena,/Que era pequena, mas grande demais!/Agora cresceu, mas tudo morreu…/Lampião de gás que saudade me traz.

“Cresceu, mas tudo morreu”: que diagnóstico o da cançãozinha! Exagerado? Talvez impreciso, mas lembra o espírito de luta tenaz e inquebrantável de Dr. Plinio contra tudo o que ameaça a Igreja e a saudosa Civilização Cristã, “austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-gualitária e antiliberal”.(2)
Ponhamos em Nossa Senhora de Fátima nossa esperança!
Espero que esses pormenores minúsculos possam contribuir um tanto para o leitor ter saudades de … algo que, como eu, provavelmente não conheceu.

___________________ 

(1) Conferência em 11-3-67.
(2) Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Parte I, capítulo 2.