Sejamos Bandeirantes do século XXI

Os momentos de grandes crises sociais, religiosas e morais, paradoxalmente, são geradores de grandes atos de fidelidade a Deus, à Igreja, à Pátria, à cidade. No futuro os olhos estarão voltados para aqueles que conseguiram reverter grandes adversidades de hoje. E delas nossos dias estão repletos. É hora dos que estão dispostos a fazer, dentro da lei, todo o possível para RESISTIR à presente degringolada. Como? Conscientizando e unindo aqueles que compartilham o mesmo pensamento e os mesmos princípios numa força de opinião inabalável e ativa.

terça-feira, 19 de abril de 2011

PAIXÃO NÃO É FERIADÃO


Para a maioria dos brasileiros e, portanto, dos paulistanos, entramos no período mais importante do ano. Sim, somos católicos e para todos nós a Semana Santa constitui o ponto auge das comemorações anuais. Pelo menos para aqueles dentre os católicos que ainda têm fé.
O fato é que, em decorrência da “modernização da Igreja”, um número incontável de católicos já não tem fé. Dentre esses há uma parcela que “mudou de fé” por se escandalizar com os rumos pós Vaticano II empreendidos no culto católico em geral, ou por causa dos numerosos escândalos de certo clero descolado do seu verdadeiro perfil de salvador de almas, indo engordar as infinitas igrejas protestantes, esotéricas, gnósticas enfim, toda espécie de coisa não católica que qualquer um pode fundar com muita facilidade. Basta fazer um bom curso e marketing antes...
 Lembro-me aqui de um artigo do Professor Plinio Corrêa de Oliveira intitulado: Quem ainda é católico dentro da Igreja Católica? Mais do que nunca a pergunta se põe.
Por causa do esvaziamento de Deus nas almas e pela insipidez da liturgia modernizada, a imensa maioria dos católicos encara a sequência de dias destinados historicamente às comemorações da Semana Santa como um feriadão.
E pensam apenas em ausentar-se de São Paulo, ou mesmo permanecer ociosamente na cidade, da mesma forma que fazem no carnaval, no Natal e final de ano etc.
Se, pelo menos, pensassem em se recolher e meditar sobre o significado da Redenção; se tomassem a determinação de não pecar contra a Lei de Deus para consolá-lO por tanto desprezo que recebe daqueles por quem verteu o Seu precioso Sangue...


Infelizmente muitos, talvez a maioria, acaba caindo na gandaia. Comer demais, beber demais, dar vasão à indignidade e à falta de compostura, entrega-se desbragadamente à sensualidade etc.
Pior, normalmente acabam profundamente frustrados.


Contudo há uma verdade que é quase totalmente esquecida:
A todos, quem quer que sejam, clérigos ou leigos, independente de classe, cor, sexo, capacidade, o que for, Nosso Senhor Jesus Cristo espera, no final da vida, para um juízo eterno e irrevogável, no qual Ele cobrará por cada gota do Seu precioso Sangue derramado.
Nosso Deus e Salvador é o grande ignorado nesse tempo em que se comemora o nossa Redenção. Isso não é justo.


Peçamos a Nossa Senhora das Dores que nos auxilie a passarmos o período da Semana Santa condignamente, unidos inteiramente a Ela e, por meio dEla, ao Seu Divino Filho.

Paixão não é feriadão; é tempo de recolhimento, penitência, elevação e oração.

Um comentário:

  1. O texto acima expressa com argúcia e clareza a trágica realidade: o esvaziamento da Fé e o preenchimento do consequente vácuo por glutonice, embriaguez e pela distorção do significado da Semana Santa e da Páscoa no seio da comunidade católica. Como foi a Última Ceia? Um simples pão e um cálice de vinho, mas de significado grandioso e eterno. Uma confraternização plena de amor, simplicidade, comedimento, profundo respeito, enlevo e celebração, enfim plena de nobres sentimentos humanos. E em que se transformou hoje? Correria e consumo desenfreado de comida, chocolate e bebida, puro consumismo e desregramento. Milhões de avós aflitos, comprando sofregamente ovos de chocolate para empanturrar os netos. Nenhum ensinamento sobre o sentido da Páscoa. Nenhuma transmissão dos valores cristãos e de família à mesa. Simplesmente gula desenfreada, quando o espírito da Páscoa nada tem a ver com coelhos e comilança. Qual pai, mãe ou avós cristãos vão contrariar essa triste realidade e realizar exatamente o contrário em suas mesas? Quantos vão, na Ceia de Páscoa, discorrer aos seus sobre o que significa essa passagem para os realmente cristãos e por que Cristo celebrou sua Última Ceia? Aguardamos sua resposta.

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