Não é de hoje que o trânsito de São Paulo dá mostras de
saturação. O prefeito, o governador e outros começam a debater a solução para o
caso e as ideias começam a aflorar.
Para os mais esquerdistas, especialmente nosso prefeito
petista, o vilão do problema é o veículo particular. Alguém desse mesmo perfil
se manifestou há algum tempo comparando o veículo com o “latifúndio” do
trânsito, logo o proprietário do veículo é o malfadado latifundiário. Para os
comunopetistas, um verdadeiro criminoso.
Portanto os proprietários de veículos particulares se preparem para sofrer, como os fazendeiros, ataques em várias frentes dos equivalentes ao MST, aos quilombolas, aos índios, ao Ibama, à Funai etc.
Portanto os proprietários de veículos particulares se preparem para sofrer, como os fazendeiros, ataques em várias frentes dos equivalentes ao MST, aos quilombolas, aos índios, ao Ibama, à Funai etc.
Procurando aproveitar o clima gerado pelas invasões de
prédios, cumpre aproveitar também o trânsito para comunistizar São Paulo; e
nessa hora os esquerdistas se esquecem que os donos de veículos pertencem
normalmente à classe que mais contribui com impostos (entre eles os embutidos
no preço dos combustíveis), que mais proporcionam empregos etc.
Chama a atenção o fato de ninguém levantar o tema do inchaço
populacional de São Paulo, especialmente do centro expandido, como causa do
problema do trânsito. E portanto, como não se estuda uma possibilidade de abrir
a cidade para as periferias, multiplicando os centros comerciais e empresarias
fora do atual centro. É preciso diminuir o afluxo de gente à região central e
não colocar essa população verticalizada num centro já densamente populoso.
Acontece que essa população laboriosa das periferias, julgando-se
assim privilegiada pelas autoridades que procuram lhes facilitar a vida, tornam-se
grandes massas eleitoreiras e de manobra para reivindicações eivadas de lutas
de classes, de populismo, de falso democratismo socialista ou comunista.
Ademais, as autoridades deveriam se preocupar em desenvolver
as cidades de onde partem as massas migratórias para que seus habitantes se
sintam bem nelas e não prefiram vir para as megalópoles. É preciso criar
atrativos em cidades interioranas para desenvolve-las, diminuindo seus
impostos, favorecendo o acesso a tudo o que gere o desenvolvimento. Isso que
parece de elementar bom senso, pressupõe entretanto um aspecto estratégico
fundamental para garantir seu êxito: é preciso estimular a livre iniciativa, a
possibilidade de gerar riqueza e adquirir propriedade. O erro é dar dinheiro de
graça, que só dá retorno eleitoral, estimula a inação e não ajuda a desenvolver
nada.
Ora, gerar riqueza e propriedade constitui uma das piores
“heresias” contra a socialização e a comunistização, ideal imorredouro do
petismo, da esquerda católica, e de todo um mundo de políticos que, por
incrível que pareça, só se diferenciam enquanto a velocidade de implantação do “paraíso”
socialista, mas praticamente se equivalem no campo das ideias. São na grande
maioria farinha do mesmo saco e os partidos são sacos distintos da mesma
farinha.
O que farão de São Paulo? Uma imensa Havana brasileira? Não
desejo, mas temo.
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