“Petrolão”, “Ambientalismo”, “Corrupção”,
“Educação”, “Aborto”, “Criminalidade”, “Projeto de Código Penal”, de “Código de
Processo Civil”, “Código Florestal”, “MST”, “Escolas”, “Universidades”,
“Imoralidade”… Continuemos alertas para travar com ardor todas as batalhas
necessárias, mas descansemos um pouco para retomar a luta com mais energia!
Certa vez
discorrendo para alguns médicos, sobre “Ação Tendencial”, Plinio Corrêa de
Oliveira afirmou:
“Lembram-se de uma cançãozinha chamada
“Lampião de Gás”? Essa canção era muito popular, não é? Dava uma
nostalgia do passado, fazia sentir enormemente o que se perdeu!”(1)
E ele até
entoou baixinho um trecho: “Lampião de gás, lampião de gás/
Quanta saudade você me traz!”
Essa
cançãozinha da Inezita Barroso, que em certa época todos cantavam, faz lembrar
o tempo em que não havia iluminação elétrica nas ruas, mas apenas a “luzinha verde azulada” dos lampiões de gás,
que parecia convidar para refletir, ao contrário da útil, mas pouco expressiva,
iluminação elétrica.Quanta saudade você me traz!”
O lampião de
gás foi expulso das ruas como antiquado. Mas essas coisas do passado têm, por
vezes, reviravoltas inesperadas.
É assim que,
numa rua de excelente nível da hipermoderna Boston (USA), já em pleno Terceiro
Milênio, a iluminação se faz com lampião de gás! Um requinte: a população local
teve saudades dessa poética iluminação, e hoje ‒ quem sabe? ‒ não tem saudades da iluminação de “antigamente”, isto é, elétrica do século XX…
Certamente os
habitantes de Boston não conheceram a musiquinha, e por isso não poderiam ter
saudades do que ela evocava:
Do bonde aberto, do
carvoeiro/Do vassoureiro com seu pregão/Da vovozinha, muito branquinha, /Fazendo
roscas, sequilhos e pão.
Mas com
certeza, ao se implantar o lampião de gás em plenos Estados Unidos, entrou
certa nostalgia, por pequena e subconsciente que seja, da civilização cristã.
Que não é pelo retrógrado, mas também não pelo cinza ou aberrante do mundo
moderno.
O final da
canção é eloquente e expressivo:Lampião de gás, lampião de gás/Quanta saudade você me traz./Da minha São Paulo, calma e serena,/Que era pequena, mas grande demais!/Agora cresceu, mas tudo morreu…/Lampião de gás que saudade me traz.
“Cresceu, mas
tudo morreu”: que diagnóstico o da cançãozinha! Exagerado? Talvez impreciso,
mas lembra o espírito de luta tenaz e inquebrantável de Dr. Plinio contra tudo
o que ameaça a Igreja e a saudosa Civilização Cristã, “austera e hierárquica, fundamentalmente
sacral, anti-gualitária e antiliberal”.(2)
Ponhamos em
Nossa Senhora de Fátima nossa esperança!Espero que esses pormenores minúsculos possam contribuir um tanto para o leitor ter saudades de … algo que, como eu, provavelmente não conheceu.
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(1) Conferência em 11-3-67.
(2) Plinio Corrêa de
Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, Parte I, capítulo 2.